A cabeça representa a função vital do nosso corpo, bem como a alma, ou o espírito manifestado em matéria, e o raciocínio, tendo em conta nela se localizar o cérebro. Deste modo, muitas culturas a consideram a parte mais importante do corpo, a qual, segundo Platão, é comparada a um microcosmo, o universo.
Autoridade e Respeito
A cabeça frequentemente simboliza a autoridade de governar, ordenar e instruir.
A sua importância se revela especialmente no fato de a cabeça receber a coroa. Nesse sentido, os líderes são chamados de “cabecilhas” ou “os cabeças”.
Além disso, em sinal de respeito a alguém, é a cabeça que inclinamos.
Troféu
A sua importância denota à essa parte do corpo, bem como ao crânio, o valor de um troféu valorizado em muitos grupos sociais. Os gauleses, por exemplos, exibiam as cabeças dos seus adversários penduradas em seus cavalos.
A Simbologia da Cabeça em Algumas Culturas
Na cultura celta, a cabeça é fonte suprema de poder espiritual e, portanto, cultuavam a cabeça como os cristãos cultuam a cruz. Esses povos fabricavam cabeças artificiais em madeira, pedra e metal para adornar seus lares, acreditando que isso trazia sorte e os protegia do mal.
Para um menino celta ser considerado homem, esse deveria participar de uma prova que consistia em sair da cidade onde morava e trazer a cabeça de qualquer pessoa que não fosse celta. Apenas quando realizasse essa prova era feita uma tatuagem em seu corpo significando que, a partir de então, ele era um adulto.
Os irlandeses, por sua vez, também praticavam o mesmo ato dos gauleses de exibir as cabeças como troféus e a epopeia insular oferece diversos exemplares de um guerreiro levando a cabeça de seu adversário vencido.
Deuses Policéfalos
Em todas as mitologias existem alusões a seres policéfalos sejam elas animais, homens, gênios ou deuses. Cada uma dessas cabeças é uma manifestação particular do ser. Um deus tricéfalo, por exemplo, revela três aspectos de seu poder.
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Brama é, geralmente, apresentado com três cabeças, as quais, no Hinduísmo, representam os Vedas, os Varnas e os Yugas, que significam, respetivamente, textos religiosos, sistema de castidade e a divisão do tempo.
Cérbero é o guardião dos infernos e também era simbolizado com três cabeças.
Hécate era representada com três corpos e três cabeças ou apenas um corpo e três cabeças. Era uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha, que protegia os viajantes, dada a sua capacidade de ver em todas as direções.
Jano foi um deus romano que deu origem ao mês de janeiro. Era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças para guardar a entrada e a saída ou, o passado e o futuro.
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