O papel das máscaras tribais na cultura africana vai além de serem somente adereços, elas são objetos muitas vezes sagrados, que fazem parte de cerimônias e rituais diversos, como uma forma de se conectar com o mundo espiritual.
Máscaras africanas tribais e seus significados
Máscaras Bwa
Como um povo que se localiza em Burkina Faso, no ocidente da África, suas máscaras tendem a ser elaboradas com desenhos geométricos e podem representar uma forma de se conectar com os espíritos da natureza, através de rituais e cerimônias.
Algumas máscaras são feitas com longas tábuas de madeira, já outras podem apresentar o formato de animais, como, por exemplo, pássaros.
Máscaras dos Igbos
Igbos ou Ibos são um dos maiores grupos étnicos da África, estando presentes em diversos países desse continente. Devido a isso, existem muitas máscaras que são empregadas em cerimônias e rituais.
Uma das principais é a chamada “linda donzela”, que simboliza os espíritos femininos, sendo fabricada para encantar os espectadores e apaziguar os espíritos.
Máscaras Senufo
Os senufos se dividem entre a Costa do Marfim, o Mali e Burkina Faso. Algumas de suas máscaras combinam características de humanos e animais, podendo representar o poder de comunicação entre os vivos e os ancestrais.
Já outras máscaras que apresentam os olhos semicerrados, simbolizam a paciência, o autocontrole e o pacifismo.
Máscara Grebo
O grupo étnico Grebo se localiza na Costa do Marfim, eles fabricam um tipo de máscara que apresenta olhos bem abertos, os quais simbolizam alerta e fúria.
Máscara Fang
Os fangs são um grupo étnico que se distribuem em aldeias em vários países do continente africano, como, por exemplo, Camarões, Guiné-Bissau e Gabão.
A principal máscara conhecida desse grupo é a Ngil, que possui a cor branca com traços faciais da cor preta, além de serem alongadas. Eram utilizadas em rituais de iniciação e para afastar malfeitores.
Máscara Punu
Os punus são povos bantu que se localizam no Gabão, na África Central. As máscaras mais conhecidas deles são as que se baseiam no rosto feminino, espelhadas no ideal de beleza da comunidade.
Normalmente possuem olhos levemente puxados e um queixo fino. São usadas em celebrações e funerais.
Máscaras Kuba
O grupo étnico kuba se localiza na República do Congo e suas máscaras são associadas, principalmente, à pessoas notáveis ou históricas da sua sociedade.
Membros da realeza, que estabeleceram o reino de kuba, são representados nelas, como, por exemplo, a criatura sobrenatural Woot, responsável por ser o primeiro humano civilizador.
Máscaras Dan
Os dan são uma comunidade étnica que se situa na Costa do Marfim e Libéria. Eles usam termos como gle ou ge para nomear as suas máscaras, que são usadas em cerimônias para entrar em contato com as forças espirituais.
Elas são sagradas, simbolizam proteção e um canal de comunicação com o mundo espiritual.
Máscara Bamileke
Esse povo que é chamado de Bamileke se localiza principalmente na República dos Camarões.
Uma das suas principais máscaras mescla várias contas de cores e junta dois animais: o elefante e a onça. A máscara é um objeto de poder, realeza e riqueza, utilizada em rituais de celebração aos nobres ancestrais.
Máscaras Woyo
Os indivíduos da tribo Woyo se localizavam na República do Congo. As suas principais máscaras eram feitas de madeira, pintadas de branco e com diversas cores contrastantes, que tinham simbolismos diferentes para a comunidade.
Elas eram utilizadas em rituais de dança chamados de ndunga, que almejavam manter a ordem social, além de serem adornadas com objetos sagrados.
As suas cores eram repintadas quando estavam desbotando, simbolizando renovação do poder.
História e origem das máscaras africanas
As máscaras africanas remontam a era paleolítica ou também chamada de idade da pedra. Surgiram entre os povos e tribos da África, especialmente da região subsaariana.
Não são somente artefatos artísticos que pertencem à cultura africana, mas foram usadas por diversas tribos e com objetivos variados, como, por exemplo, em rituais e cerimônias de iniciação, de colheita, de guerra e paz, em celebrações, para se conectar com espíritos ancestrais, com mortos, e mesmo para tentar se comunicar com algum animal.
Os indivíduos que criavam as máscaras afros normalmente herdavam esse dom da sua família, além de ocuparem um lugar privilegiado dentro da aldeia.
Eles também precisavam passar por uma cerimônia de iniciação para saber bem como deveriam representar as concepções e anseios da sua comunidade.
Tipos de máscaras afros: materiais utilizados
A África por ser um continente com diversas etnias apresenta inúmeros tipos de máscaras, de acordo com as crenças e necessidades de cada tribo, porém o material mais utilizado para esculpi-las é a madeira.
Outros elementos são couro, bronze, tecido, cerâmica, cobre, marfim e metais. Penas, chifres, dentes, unhas, podem ser usados como adereços na hora de fazê-las.
Máscaras africanas para colorir
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